Em epidemiologia, uma infeção diz-se endémica (do Grego en- em + δῆμος
demos pessoas) numa população quando a infeção é mantida nessa população sem
necessidade de contaminação proveniente do exterior.[1] Por exemplo, a varicela
é endémica no Reino Unido, mas a malária não. Todos os anos há alguns casos de
malária descritos no Reino Unido mas estes casos não conseguem manter a
transmissão na população devido à falta do vetor necessário (mosquito do género
Anopheles).
A endemia difere da epidemia por ser de caráter mais contínuo e restrito
a uma determinada área. No Brasil, por exemplo, existem áreas endémicas de
febre amarela na Amazônia, áreas endémicas de dengue, etc. Nos EUA, a hepatite
A pode ser considerada como endemia, já que existem, constantemente, novos
casos e uma taxa de serologia positiva de 38%. Em Portugal esta taxa anda à
volta dos 27.9%.
Por vezes, uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo, nesse
caso, uma doença endemo-epidémica. Esta oposição entre endemia e epidemia,
entretanto, tem sido esbatida com os novos conhecimentos adquiridos quanto aos
factores ecológicos que condicionam o desenvolvimento de uma doença. O termo
"endémico" passou a referir-se, de forma mais ajustada, ao grau de
prevalência de uma doença, ou seja, à proporção entre o número total de casos
da doença e o número de indivíduos em risco de a adquirir, numa área geográfica
e temporalmente bem definida.
Doença Epidêmica
O número de casos indicativos da presença de uma epidemia devido a um
agente transmissível varia de acordo com o agente, dimensão, tipo e estado
imunitário da população exposta, experiência ou falta de experiência prévia com
o agente responsável e com o tempo, local, forma de ocorrência e seu
comportamento na população.
Umas das formas para se dizer se uma determinada doença é epidêmica ou
endêmica, baseia-se na seguinte equação:
Incidência máxima esperada = Media da incidência + 2 x Desvio padrão
Para sua utilização é necessário conhecer a incidência de uma
determinada enfermidade em um determinado espaço de tempo, que condiga com seu
comportamento em uma determinada população. Técnica esta utilizada em
Bioestatística sob circunstancias rigorosas. Para exemplificar, pegaremos uma
doença X, que tem sua incidência medida de ano em ano. Se o número de casos que
ocorreram no ano atual superar o valor da ‘’’incidência máxima esperada’’’,
temos um caso epidêmico, se for inferior, temos um caso endêmico.
Portanto, uma situação epidêmica não necessariamente deve ter como
precedente uma situação endêmica. A ocorrência de um único caso de uma doença
transmissível há muitos anos ausente na população em causa (ex.: poliomielite)
ou o primeiro caso de uma doença até então desconhecida na área (ex.: gripe do
frango) requerem notificação imediata e uma investigação completa e já
representam uma situação epidêmica. Assim uma doença "nova" como a já
citada gripe do frango começa como surto epidêmico. Embora se tenha dado
especial ênfase às doenças transmissíveis na descrição do termo, presentemente
ele é empregue em relação a quaisquer outros fenômenos de saúde ou com ela
relacionados.
Temos o caso da gripe espanhola, a gripe suína,etc.
Definição
Uma epidemia ocorre quando uma doença se desenvolve num local de forma
rápida (fazendo várias vítimas), num curto intervalo de tempo.
Como ocorre
Ocorrem geralmente quando a população de uma determinada região entra em
contato pela primeira vez com um agente patogênico (vírus, bactéria). Neste
caso, o sistema imunológico das pessoas não está preparado para combater a
doença, que se espalha rapidamente fazendo várias vítimas. Campanhas de
vacinação em massa são importantes para evitar epidemias.
Epidemias na História
Na Idade Média, uma epidemia de Peste Negra (peste bulbônica),
transmitida dos ratos para os homens através da picada de pulgas, fez milhões
de vítimas em meados do século XIV.
Uma epidemia pode acontecer também quando ocorre uma mutação do agente
patogênico, pegando de surpresa o sistema de defesa das pessoas. O vírus da
gripe (influenza), por exemplo, esta em constante processo de mutação. Entre os
anos de 1918 e 1919, a epidemia da gripe espanhola (também conhecida como gripe
pneumônica) fez milhões de vítimas no mundo todo.
Risco atual
Atualmente, os médicos e pesquisadores temem uma epidemia da gripe
aviária (gripe do frango). O vírus H5N1, causador desta doença, é resistente e
forte. Uma epidemia desta doença poderia matar milhões de pessoas no mundo
todo.
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