segunda-feira, 24 de março de 2014

Paraíba


História da Paraíba
 
 
Antecedentes da Conquista da Paraíba
Demorou um certo tempo para que Portugal
começasse a explorar economicamente o Brasil,
uma vez que os interesses lusitanos estavam
voltados para o comércio de especiarias nas
Índias, e além disso, não havia nenhuma
riqueza na costa brasileira que chamasse tanta
atenção quanto o ouro, encontrado nas colônias
espanholas, minério este que tornara uma nação
muito poderosa na época.
Devido ao desinteresse lusitano, piratas e
corsários começaram a extrair o pau-brasil,
madeira muito encontrada no Brasil-colônia, e
especial devido a extração de um pigmento,
usado para tingir tecidos na Europa. Esses
invasores eram em sua maioria franceses, e
logo que chegaram no Brasil fizeram amizades
com os índios, possibilitando entre eles uma
relação comercial conhecida como "escambo",
na qual o trabalho indígena era trocado por
alguma manufatura sem valor.
Os portugueses, preocupados com o aumento do
comércio dos invasores da colônia, passaram a
enviar expedições para evitar o contrabando do
pau-brasil, porém, ao chegar no Brasil essas
expedições eram sempre repelidas pelos
franceses apoiados pelos índios. Com o fracasso
das expedições o rei de Portugal decidiu criar o
sistema de capitanias hereditárias.
Com o objetivo de povoá-la, a colônia
portuguesa foi dividida em 15 capitanias, para
doze donatários. Entre elas destacamos a
Capitania de Itamaracá, a qual se estendia do
rio Santa Cruz até a Baía da Traição.
Inicialmente essa capitania foi doada à Pedro
Lopes de Souza, que não pôde assumir, vindo
em seu lugar o administrador Francisco Braga, que devido a uma rivalidade com Duarte Coelho,
deixou a capitania em falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na
capitania como a fundação da Vila da Conceição e a construção de engenhos.
Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando a mercê de malfeitores e
propiciando a continuidade do contrabando de madeira.
Com a tragédia de Tacunhaém*, em 1534 o re
i de Portugal desmembrou Itamaracá, dando
formação à Capitania do Rio Paraíba.
Existia uma grande preocupação por parte dos lusitanos em conquistar a capitania que atualmente
é a Paraíba, pois havia a garantia do progresso da capitania pernambucana, a quebrada aliança
entre Potiguaras e franceses, e ainda, estender sua colonização ao norte.


Conquista da Paraíba

Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os potiguaras (rivais dos Tabajaras). Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, a rejeitaram.

Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa finalmente chegaram ao Forte de São Filipe, ambos em decadência e miséria devido as intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso Martim Leitão nomeou o espanhol conhecido como Francisco de Castrejón para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castrejón havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.
Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos Tabajaras, fazendo com que os potiguaras recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da união de um português e um chefe indígena chamado Pirajibe, palavra que significa "braço de peixe".

Fundação da Paraíba

Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o resto dos franceses que permaneciam na Paraíba. Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. Na Paraíba teve-se a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última do século XVI.